domingo, 30 de novembro de 2014



Extensão    -    19.5 Km
Grau de Dificuldade    -    Moderado / Dificil
Localização    -    
Serra Amarela, PNPG
Ponto de Partida / Chegada    -     Barragem de Vilarinho da Furna, Terras de Bouro
Altitude mínima    -    575 m.
Altitude máxima    -    1.361 m.
 
 
 
      Dia com excelentes condições climatéricas para a prática de montanhismo. Desta feita o objectivo era palmilhar pela serra Amarela, visitando pela primeira vez o Curral do Ramisquedo e efectuar o regresso pelo espectacular Peito da Gemessura.
      Partindo de junto do paredão da barragem seguimos em direcção á antiga aldeia de Vilarinho da Furna, agora submersa, acompanhando o traçado da recentemente inaugurada GR 34 Trilho Interpretativo da Serra Amarela. Ao chegar perto da antiga aldeia tivemos aí o "caso" do dia: a albufeira estava cheia, provavelmente na sua cota máxima, devido á abundante chuva das semanas anteriores e o trilho simplesmente desapareceu, submergido pelas águas. Mais precisamente desde o local onde encontramos uma fonte em pedra do nosso lado esquerdo até á aldeia. Não posso precisar ao certo mas serão cerca de 200 a 300 metros de caminho que desaparece "afogado", tal como a antiga aldeia.
      Improvisamos, a corta mato, por terrenos muito difíceis, mas apesar da dificuldade lá conseguimos passar. Mesmo habituado á dureza e a improvisos devo dizer que não foi fácil chegar a terreno seco. Custa a entender como é que numa GR registada e homologada se verifica uma situação destas. Nem no local, nem nos folhetos, nem nas placas informativas, nada... nem um alerta para esta situação. É óbvio que houve descuido na elaboração do traçado, pois sendo conhecidas as cotas máximas do nível da água da albufeira, facilmente se concluiria que isto viesse a acontecer.
      Também não tenho dúvidas que para a muitos pedestrianistas a caminhada acabaria ali. E quantos já não terão sido surpreendidos, sendo forçados a voltar para trás? Nesse sentido, e para tentar evitar que isso aconteça, informei uma das entidades promotoras do trilho que em resposta assegurou que iriam desenvolver esforços para solucionar o problema. Passados uns dias no site do percurso já se podia ler um alerta para a situação. Bem, já é qualquer coisa!
      Contornado o problema lá conseguimos de novo a aproximação ao trilho, mas antes de iniciarmos a subida pelo antigo trilho que liga Vilarinho da Furna ao Lindoso ainda tivemos de molhar os pés, e não só, para atravessar o Rio das Furnas que apresentava um caudal enorme.
      Montanha acima chegamos á Chã de Toutas, daí seguimos até Porto Covo e rapidamente chegamos ao Ramisquedo, ou melhor "Chez Ramisquedo", onde se degustaram inúmeras iguarias, ao que consta nunca antes saboreadas por aquelas bandas, cortesia de "mademoiselle" Susana.
      Findo o repasto continuamos a subir até á Louriça de onde se tem umas vistas que… só visto! De lá descemos até á Chã da Fonte, voltamos a subir até apanhar o trilho que nos levaria até ás Casarotas, via Chã do Muro, e que tem umas vertiginosas varandas sobre a Corguinha Má e ao fundo o espelho da albufeira de Vilarinho.
      Depois das Casarotas partimos para a última parte da jornada. Descemos em direcção ao Peito da Gemessura pelo espectacular trilho que o atravessa sempre pela cumeada, descendo depois para o paredão da barragem. Este trilho da Gemessura tem umas panorâmicas fenomenais, para qualquer dos lados, e a medida que o dia se aproximava do fim ainda fomos brindados com um daqueles pôr-do-sol que não consigo aqui, só por palavras, explicar.
      Feitas as contas… 19 kms e mais uns ‘troquitos’, trilho soberbo, companhia do melhor que se pode desejar…castanhas assadas… e minis… frescas!
 
 
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

3 comentários:

  1. Olá Alberto, gente corajosa esta gente da Montanha, trilho muito lindo mesmo e já em Outubro o Alexandre nos tinha avisado que era preciso descalçar as botas para se conseguir passar o ribeiro, agora com as ultimas chuvas piorou.Temos de ter paciencia a natureza tem destas coisas.

    Abraço

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Viva amigos;

      Este trilho é um daqueles que tem tanto para nos oferecer que até dói!
      O Alexandre falou e falou bem, pois ele estava comigo e teve mesmo de as descalçar.
      São aquelas surpresas que temos de estar preparados para as superar, mas o facto do trilho estar 'afogado' nas águas da albufeira é verdadeiramente insólito.

      Saudações montanheiras.

      Eliminar
    2. Foi um dia espectacular. Obrigado João Alberto.

      Eliminar