domingo, 18 de novembro de 2012

Trilho do Glaciar e do Alto Vez – Serra da Peneda


Extensão e Duração    -    13 Km - 5 Horas
Grau de Dificuldade    -     Moderado
Localização    -    
Sistelo - Arcos de Valdevez
Ponto de Partida / Chegada    -     Porto Cova
Participantes    -     Alberto - Fábio - Elisabete - Victor

 

     Ainda na ressaca dos acontecimentos do último trilho, resolvi aceitar o convite do pessoal do Mountain4ever para os acompanhar nesta actividade. Sabia que quanto rapidamente regressa-se á montanha, mais fácil seria de ultrapassar a situação. A mãe Natureza cura tudo!
     Foi uma experiência nova e pela primeira vez não tive qualquer elemento da minha "tribo" a caminhar do meu lado. Á medida que nos aproximávamos de Porto Cova, local de início do trilho, já as vistas em nosso redor eram esplêndidas. O sol aparecia por trás das montanhas, o céu apresentava-se limpo num azul celestial e o dia prometia ser do melhor para se desfrutar ao máximo da montanha.
     E assim foi! Partindo então de Porto Cova iniciamos a subida que nos iria levar por várias Brandas, utilizadas desde tempos ancestrais por aquelas gentes. É impressionante a quantidade de Brandas existentes por aqueles lados!
     Depois de atravessar a Branda do Furado chegamos á Fonte dos Lameirões, belíssimo miradouro sobre o vale do alto Vez e respectivo glaciar. Impressiona imaginar que por ali já "desceu" um enorme rio de gelo que moldou toda aquela paisagem ao longo da sua lenta passagem.
     Arrepiando caminho atingimos o Outeiro Gordo, ponto mais elevado do percurso, e a partir deste ponto é sempre a descer até Porto Cova, serpenteando a montanha em busca e através de outras Brandas, algumas delas completamente esquecidas no tempo mas com muitas e velhas historias para contar. Destaca-se pela sua dimensão a Branda de Crastibô, aquilo a que podemos chamar: uma verdadeira "aldeia fantasma"!
     Estávamos já perto do fim do percurso mas havia ainda tempo para apreciar o enorme complexo agrícola e de regadio, os socalcos, os espigueiros, enfim, muita beleza junta e tudo levantado por braços habituados e moldados na dureza da terra!
     Foi sem dúvida uma excelente actividade, que aconselho. A época do ano também ajudou pois fomos brindados, ao longo de todo o percurso, por uma enorme paleta de cores outonais que proporcionam sempre paisagens de rara beleza.
     Um agradecimento aos companheiros de jornada, pessoal amigo da montanha e que gostam de a partilhar!
     A grande odisseia continua, por aí…