terça-feira, 17 de março de 2015


Extensão    -    6 Km
Grau de Dificuldade    -    Fácil
Localização    -    
Serra do Gerês
Ponto de Partida / Chegada    -     Pitões das Júnias, Montalegre
Altitude mínima    -    958 m.
Altitude máxima    -    1.135 m.
 
 
 
     Inevitável é, sempre que regresso a Pitões, relembrar-me da primeira vez que visitei esta belíssima aldeia, já lá vão muitos e largos anos. Recordo-me principalmente de, á medida que me aproximava da aldeia, ficar boquiaberto e completamente fascinado com o agreste mas belo "quadro" proporcionado pelo enquadramento da aldeia e da silhueta da serra do Gerês nas suas costas, uma espécie de "papel de fundo" perfeito, que faziam desta aldeia uma das mais marcantes, em termos de impacto visual, que já tinha conhecido. Rapidamente me apercebi de que viver naquele local teria tanto de duro como de belo e gratificante e a partir desse dia os regressos foram uma constante, nem sempre pelo motivo mais óbvio, ou seja caminhar, mas também pelo simples prazer de estar num local único e com características únicas, quanto mais não fosse para entrar num qualquer tasco, pedir um bagacinho, dar duas de treta e simplesmente… "desligar a ficha".
     Desta vez não foi diferente. Depois de uma longa noite de passagem de ano muito bem passada no centro da aldeia e celebrada na companhia de bons amigos e "bons desconhecidos", o primeiro dia do ano acordou com muito sol, a convidar para que se calçassem as botas e se desse uma voltinha pelas redondezas, quanto mais não fosse para "desgastar" de alguns excessos cometidos horas antes.
     E assim foi! Partindo do Largo do Eiró seguimos em direcção á cascata do ribeiro do Campesinho, ou de Pitões como também é conhecida, onde as águas deste ribeiro se precipitam descontroladamente para depois desaparecerem por entre o arvoredo do carvalhal do Beredo.
     De seguida rumamos a este na direcção do Mosteiro de Santa Maria das Júnias, escondido no estreito vale do ribeiro do Campesinho e com origem provavelmente anterior á da nacionalidade. Este mosteiro, ou o que dele resta, foi fundado por monges beneditinos (Ordem de S. Bento) tendo mais tarde, no séc. XIII passado para a Ordem de Cister. Apesar de estar classificado como Monumento Nacional o estado actual do ancestral mosteiro não é muito diferente de tantos outros que podemos encontrar de norte a sul do país, ou seja, encontra-se em avançado estado de degradação e, se nada for feito, não teremos de esperar muitos anos para que tudo se desmorone como um frágil castelo de cartas. Aliás, uma placa ali colocada alerta para essa possibilidade. Mesmo assim tanto o mosteiro como a sua envolvente exterior são merecedores de uma atenta visita.
     Deixando para trás o mosteiro regressamos á aldeia passando pelo alto do Anjo, aquele que a meu ver é, apenas e só, o miradouro de eleição para se apreciar a beleza do aglomerado rural de Pitões.
Embora o percurso efectuado fosse livre, não seguindo qualquer marcação no terreno, ele corresponde aproximadamente ao Trilho Interpretativo de Santa Maria das Júnias. Pode encontrar aqui toda a informação.
     Quanto ao objectivo de "desgastar" dos excessos da véspera esses falharam completamente, pois a caminhada acabou na famosa padaria de Pitões e acho que toda a gente sabe porquê… pelo menos os mais gulosos!
 
     
     
     
     
     
     
     
     
     

2 comentários:

  1. Como adoro Pitões!
    Não tarda nada também lá voltarei. Não passo uma Primavera sem lá ir.
    É um dos locais com mais "magia" em Portugal...

    Obrigada pelas imagens!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Manuela,

      Pitões das Júnias é mesmo um daqueles locais a que ninguém consegue ficar indiferente.

      Obrigado pela 'visita'!

      Eliminar