sábado, 17 de maio de 2014



Extensão e Duração    -    15.7 Km - 4:45 Horas
Grau de Dificuldade    -    Moderado
Localização    -    
Maciço da Gralheira
Ponto de Partida / Chegada    -     Póvoa das Leiras, S.P. do Sul / Drave, Arouca
Altitude mínima    -    327 m.
Altitude máxima    -    868 m.
 
 
 
       Depois de uma série de caminhadas exploratórias na serra do Gerês, era chegada a altura de mudar de ares. A escolha incidiu sobre o Maciço da Gralheira, apenas dois meses depois da última 'passagem' por lá. Não foi uma opção inocente nem difícil de tomar visto que aquela serra cada vez mais me atrai.
       Os planos passavam por passar por lá dois dias, á semelhança do que havíamos feito o ano passado, mas desta vez em autonomia e com direito a pernoita em… Drave.
       Convocadas as tropas responderam á chamada sete magníficos aos quais se viria a juntar um oitavo elemento para o jantar, isto já na Aldeia Mágica. O ambiente vivido durante a semana que antecedeu a actividade e as previsões climatéricas que previam calor á fartazana eram um bom prenúncio de que algo em grande se aproximava. E assim aconteceu! Foram dois dias que, certamente, os intervenientes jamais esquecerão!
       O local escolhido para ponto de partida e chegada foi a aldeia de Póvoa das Leiras, aninhada ali entre o Alto da Cota e o Alto das Chãs. Chegados lá foi só carregar as mochilas, ajustá-las e… siga!
       Saímos da aldeia e tomámos o famoso 'Trilho Inca'. Este trilho lajeado é de uma beleza incrível. Faz inteiramente jus ao nome e atravessa as ravinas que se precipitam desde o Alto da Cota, numa zona com declives de cortar a respiração. Ponto obrigatório para quem caminha por estes lados.
       O trilho acaba por nos levar até á cumeada da serra da Ribeira, onde se cruza com o trilho que desce toda essa cumeada desde o alto da Cota até ao rio Paivó. Viramos á esquerda, descendo a serra, e pouco tempo depois passamos pelas Três Marias. Por esta altura já o calor era muito e á medida que as horas iam passando notava-se que as temperaturas iam subir e muito.
       A longa descida, que nos proporciona incríveis panorâmicas, só termina no leito do rio Paivó nas proximidades da aldeia de Covelo de Paivó. Cruzamos o rio, subimos um pouco e fomos engatar no PR que liga Covelo a Regoufe. Esta foi a parte mais difícil do dia. Apesar de não subir exageradamente, fazer este trilho com temperaturas elevadas, o sol a incidir fortemente e com as mochilas carregadas deixou marcas bem visíveis. Mais uma vez a beleza que os nossos olhos absorviam ajudou a suportar o esforço.
       A chegada a Regoufe foi aproveitada para descansar e matar a fome. Invariavelmente as conversas desembocavam sempre em enormes e paradisíacas lagoas e refrescantes banhos em águas límpidas. Delírios!
       Reanimadas as tropas lá seguimos em direcção ao nosso destino final: Drave! Seguindo por um belíssimo caminho alternativo evitamos aquela horrível cascalheira mesmo á saída de Regoufe até ao alto de onde se inicia a descida até á aldeia mágica. A partir daí foi seguir calmamente até á aldeia. O primeiro contacto visual é brutal e nota-se que a partir daí a cadência aumenta, como algo que nos puxa para lá.
       A ideia inicial de chegar cedo a Drave acabou por se concretizar, o que fez com que pudéssemos aproveitar ao máximo até ao fim do dia. Libertámo-nos do peso das mochilas e toca a mergulhar nas maravilhosas lagoas que por lá existem! Entretanto junta-se a nós o tal oitavo elemento. Um amigo que fez quase 100 kms (para cada lado!!!) para nos acompanhar no jantar e no resto do dia! Sem palavras amigo, isto sim é de homem e fico-te a dever esta!
       Depois foi montar as tendas, tratar da janta e passar ali umas belas horas num local incrível, a apreciar primeiro o pôr-do-sol e depois o cair da noite. Mas o que realmente apreciei e ficará na memória foram as longas horas passadas ali em saudável convívio, com destaque para o constante e alucinante (não encontro melhor adjectivo) sentido de humor e boa disposição do pessoal.
       Foi até 'cansar' e recolher nas tendas para tentar descansar um pouco, porque no dia seguinte havia mais!
       E que dia nos esperava!!!
 
 
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

2 comentários:

  1. Aldeia de Drave sempre Magica e Magnífica cheia de Mistérios!
    Arouca tem muitos recantos mágicos..
    Eu sempre que poder estarei sempre pronto..
    Para vocês aquele forte abraço com com aquele JP...
    Rogério Assunção

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    1. Serás sempre bem vindo, Amigo Rogério!

      Saudações montanheiras.

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