Trilhos a Norte

Rota da Citânia de Briteiros

Extensão e Duração    -    10 Km - 2:20 Horas Grau de Dificuldade    -    Fácil Localização    -     Monte de S. Romão, Guimarães Ponto de Partida / Chegada    -     Donim, Guimarães Altitude mínima    -    154 m. Altitude máxima    -    332 m.

O dia amanheceu com bom aspecto. Não chovia, o que despertou a vontade de caminhar e rapidamente surgiu a ideia de efectuar a Rota da Citânia de Briteiros, aqui á minha 'porta'. Este PR é o trilho sinalizado mais próximo de casa a uns escassos 5 kms, talvez menos, e como santos da casa não fazem milagres, nunca o tinha 'calcado' integralmente. Percorre as encostas do Monte de S. Romão onde no topo se situa a famosa Citânia.        Iniciamos a caminhada em Donim por uma questão de comodidade, evitando assim a deslocação até Briteiros (Salvador), local onde está situada a placa de início de trilho, junto do Solar da Ponte onde foi instalado o Museu da Cultura Castreja.        Por caminho florestais lá seguimos até Briteiros e daí iniciamos a subida que nos levaria ás partes mais altas do percurso, sempre a par do Rio Febras que por esta altura leva um caudal apreciável devido as fortes chuvadas que têm caído. Esta é a parte mais interessante desta rota. Desde o lugar de Requeixo até Portuguediz sucedem-se as cascatas, rápidos e quedas de água.        Portuguediz foi o ponto alto do dia. Para além da beleza do local com a sua fulgurante cascata em que as águas se despenham por uma enorme laje de granito, encontrei por lá um amigo que não via há mais de vinte anos! Um daqueles momentos improváveis que nos deixam de peito cheio e com um enorme sorriso para o resto do dia. Momento feliz e completamente inesperado!        De lá seguimos até á Citânia mas sem efectuar a 'obrigatória' visita que está inserida no traçado da rota. O facto de já ter percorrido inúmeras vezes aquelas ruínas e o querer terminar a caminhada antes da hora do almoço 'pesaram' na decisão de ficar 'á porta'. De referir que quem efectuar a visita ao sítio arqueológico (preço por pessoa de 3€) poderá no fim, á chegada, visitar o Museu da Cultura Castreja com o mesmo bilhete. Vale bem a pena pois são dois espaços espectaculares.        Faltava agora descer até Donim através da encosta este do Monte de S. Romão. Daqui, para além de poder observar lá ao longe a 'minha casinha', obtêm-se umas lindíssimas perspectivas sobre o vale do Alto Ave desde os limites meridionais do concelho da Póvoa de Lanhoso até á Serra da Cabreira, imponente bem lá ao longe!        Antes do fim destaque também para o moinho de cubo, restaurado aquando da elaboração deste PR e que nos ajuda a compreender o dia-a-dia das populações á muitos anos atrás.        Trilho simples e fácil, ideal para uma escapadela na ausência de melhores alternativas. Pode ser efectuado todo o ano, no Verão tem bastante sombra, mas aconselho a percorrê-lo no Inverno para aproveitar a pujança do Rio Febras (ou da Várzea como erradamente aparece nas cartas) entre Requeixo e Portuguediz. Como nota negativa alerto para o facto do trilho estar a precisar de ser 'limpo'. Há bastante lixo ao longo do percurso, o que expõe uma outra situação: as entidades criam os PR's e depois esquecem-se que é necessário zelar por eles.        Bem sei que a culpa é da falta de civismo de quem por lá anda mas infelizmente passa a ideia de que está tudo ao abandono.