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Extensão e Duração - 18 Km - 6:00 Horas
Grau de Dificuldade - Moderado Localização - Serra da Cabreira Ponto de Partida / Chegada - Agra, Vieira do Minho Altitude mínima - 656 m. Altitude máxima - 1199 m. |
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Embora trate todas as serras por igual e consiga ver qualidades em todas elas, tenho uma irresistível atracção pela Cabreira. É um facto incontornável!
Esta serra está desde sempre ligada ao meu imaginário. É a serra que em criança podia observar desde a janela do meu quarto, uma espécie de janela para um mundo que hoje preenche o meu imaginário! É a serra onde nasce o Ave, rio que banha a minha aldeia de sempre e em cujas águas límpidas de outrora eu e os meus amigos de infância e juventude passamos magníficas tardes de Verão e irresistíveis momentos de liberdade! Foi também a primeira serra que eu alguma vez ‘trepei’, já lá vão mais de vinte anos! Portanto trata-se de uma ‘velha’ conhecida e como tal recebe-nos sempre da melhor maneira, oferecendo-nos sempre tudo o que de melhor tem para oferecer. E este dia e esta caminhada não foram excepção, principalmente quando se comemora um dos dias Maiores do nosso calendário: o Dia da Liberdade! Respondendo positivamente ao convite de um amigo montanheiro deslocamo-nos até á aldeia de Agra, típica aldeia de montanha, anichada na vertente sudoeste da Cabreira. O ponto de encontro e início de caminhada foi junto da antiga ponte românica sobre o rio Ave e dali partimos para mais uma apaixonante ‘Cabreirada’. Partindo então da ponte românica fomos ganhando altitude ao longo do vale do alto Ave. O objectivo era subir o vale até ao local onde, através da junção de três ribeiras que nascem nos pontos mais altos da cumeada, se forma o Rio Ave. Por esta altura afastamo-nos do vale do rio e subimos até ao Alto do Açougue de onde se podia de forma privilegiada observar todo aquele vale que tínhamos acabado de percorrer. Sem grandes demoras partimos dali em direcção á cumeada onde se localizam três fojos do lobo: o Fojo Novo, Entre Fojos e o Fojo do Pau da Bela. O objectivo inicial era visitar os três fojos mas como isso faria aumentar imenso o caminho a percorrer, subimos apenas em direcção ao Fojo do Pau da Bela, o maior dos três e aquele que se encontra em melhor estado de conservação. A partir daí subimos sempre junto de um dos muros do fojo até ao Alto da Bela, local onde atingimos a cota máxima deste percurso e de onde se tem umas panorâmicas espectaculares sobre toda a região e serras envolventes. As montanhas são assim: custa subir até ao topo mas depois de lá estar a recompensa excede em muito o esforço despendido! Decidimos que a pausa para o almoço seria no Alto do Trovão onde, para além de se ‘mimar’ o estômago, aproveitou-se para confraternizar um pouco, uma vez que o grupo era composto por pessoal de várias famílias montanheiras. Esse foi também um dos pontos positivos do dia: gente sempre disposta a conhecer e a partilhar a montanha e as experiências. Depois do almoço partimos para o que restava da jornada. E que resto! Abandonando o Alto do Trovão, descemos pela Encosta da Bragada e a partir dai foi… Magia! Bosques encantados, Floresta Mágica, chamem-lhe o que quiserem mas caminhar por entre aqueles bosques é… Mágico! Há locais onde simplesmente se pode caminhar descalço, de tão macio que é o tapete de musgos que se estende diante de nós. Enormes árvores a rebentarem por todos os lados. Tudo é verde e verde e mais verde! E assim chegamos ao Alto da Raposeira de onde se tem a melhor das perspectivas sobre a Costa dos Castanheiros ou se preferirem a ‘Floresta Mágica da Cabreira’. A partir daí descemos ao encontro do Ribeiro da Laje e penetramos novamente por entre aquele mundo encantador, seguindo por um espectacular trilho que atravessa todo aquela valiosa mancha florestal que, muito infelizmente, os nossos ‘amigos’ do BTT e Motocross se têm esforçado imenso para o… destruir! Uma pergunta a esse pessoal: Para quê tanta fitinha? São assim tão totós que não conseguem ver o caminho? Por favor, usufruam mas não destruam o que de melhor temos! A gente agradece! E aos poucos fomo-nos aproximando da aldeia e do fim desta jornada. Tudo e que ficava para trás deixava já saudades. Chegados a Agra houve ainda tempo para mais um belo momento de confraternização e convívio na Casa do Andarilho, onde se brindou a mais um dia de celebração da Liberdade e se fizeram planos para um regresso a estas montanhas e florestas abençoadas. Um agradecimento a todo o grupo pela simpatia e belos momentos de partilha vividos e em especial ao Pedro Durães e ao Rui França, pelo convite, pela partilha de conhecimento e pelo amor incondicional a esta serra que é de todos nós! | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
quinta-feira, 25 de abril de 2013
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Olá amigo Alberto,
ResponderEliminarPor mais que a gente se esforce a tentar traduzir por palavras tudo aquilo que vimos e sentimos nesse dia, a verdade é que elas serão sempre poucas. Apesar de tudo, os meus sinceros parabéns pelo bonito texto e, claro, pelas fotografias do meu companheiro de 4 patas.
Um Grande Bem-Haja a todos os que participaram nesta memorável "Cabreirada"!
Um Abraço Montanheiro,
Pedro Durães
Olá Pedro,
EliminarEsse teu companheiro 'de 4 patas' que também é um grande montanheiro!
Um abraço e até breve,
Berto
Bem porreiro foi este dia!
ResponderEliminarRealmente estes bosques devem ser únicos!
Abr.
X
Amigo Xavier, que venham mais dias destes!
EliminarAbraço,
Berto
Ola campeões
ResponderEliminarTudo bem? Amei a foto do por-do-sol.
A descrição e fotos estão 5****
Ate breve.
Grande abraço
Mountain4ever
Olá Fábio,
EliminarSim está tudo bem!
Um dia vou-te levar a estes bosques, no Outono, e tu como apaixonado pela fotografia vais adorar!
Até breve amigo!
Berto