De volta á investida nas fabulosas Montañas Palentinas, no maciço das Fuentes Carrionas. O propósito mantinha-se: Três dias... Três Cumes! Pico Curavacas, Peña Espigüete e Peña Prieta! O "trio" maravilha, os três principais cumes daquele maciço montanhoso, em plena Cordilheira Cantábrica. Segundo dia: Ascensão ao Peña Espigüete (2.451m). Depois de no dia anterior ter-mos subido ao Curavacas, era chegada a hora de enfrentar-mos "El Espigüete", rei e senhor destas paragens. Este era o grande desafio! O momento mais esperado e desejado! Uma ascensão absolutamente incrível com subida pela aresta Este e descida pelo canal Norte, com vistas soberbas e passagens de cortar a respiração, onde a concentração é instintivamente levada ao máximo perante tamanha verticalidade! A subida ao cume do Espigüete é totalmente desaconselhável a quem tiver problemas com vertigens. Durante esta actividade recordei muitas vezes as palavras de José, um simpático montanheiro cantábrico com o qual nos tínhamos cruzado no cume do Curavacas no dia anterior. Dizia então o José: - El Espigüete é verdadeiramente "montanheiro"! Muito mais desafiante e difícil do que a grande maioria dos 3.000's que podes encontrar! Estava tão certo o José, e apenas veio reforçar aquilo que eu já sabia que iríamos encontrar. Uma jornada inesquecível, por todos e mais alguns motivos... Grande abraço aos camaradas de "luta", o Jorge e o Alexandre! Isto sim, é uma montanha! Até que algo de mais grandioso surja esta é, por enquanto, a montanha da minha vida! Amigos e amigas... El Espigüete!!!
As vistas sobre o Arroyo do Mazobre abrem-se.
Sobe de forma impiedosa desde o início.
Caprichos da Mãe Natureza!
Um passo mal calculado e só parámos no Refugio de Mazobre... 800m. verticais abaixo de nossos pés!
As vistas para a barragem de Camporredondo.
Apreciando o "monstro"!
Sim, é para se fazer!
Incrível...
... e impressionante!
Uma olhadela atrás. Ao fundo , no canto superior esquerdo, a "parede" do dia anterior... Curavacas!
A imponência da aresta que percorre o maciço de Este a Oeste, e que foi o nosso caminho para chegar ao cume.
Desde a Cima Este (2.443m.) já se vislumbra El Espigüete, mas...
É necessário perder altitude para a voltar a subir!
A subida final! Nas minhas costas a Cima Este.
O objectivo é já ali!
Foto de cume! Pelos sorrisos até parece que foi fácil! :)
É a hora de baixar...
E enfrentar a complicada descida...
... pelo canal Norte!
Até as fotos impressionam!
Foi mesmo por aí que descemos???
Brutalidade!
Postal!
Para mais tarde...
... mostrar aos netos!
No final tivemos direito a refresco...
... na Cascata de Mazobre!
El Espigüete, cara norte!
Refugio de Mazobre.
Uma janela para o Mundo e para a Vida! Saudações montanheiras! ;) |
sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
Etiquetas:
Montaña Palentina: Peña Espigüete
domingo, 10 de dezembro de 2017
Neste dia o primeiro objectivo passava por subir todo o vale do Ribeiro do Penedo e, mais a montante, da Ribeira das Negras, a partir da Chã de Susana. O vale é espectacular e revelou-se uma excelente porta de entrada para o Gerês profundo, o coração da serra. O trilho vai subindo de forma gradual e suavemente, sempre junto da linha de água, saltitando por várias vezes de margem. Estas sucessivas travessias fazem com que não seja aconselhável fazer este trilho em dias de muita abundância de água. Pelo caminho vamos cruzando antigos currais e abrigos completamente abandonados devido ao desuso. Pouco antes da chegada aos currais da Matança começamos a ser fustigados por alguma chuva, puxada por fortíssimas rajadas de vento, chuva essa que devido ás temperaturas muito baixas que se faziam sentir rapidamente se transformou em neve. Condições climatéricas extremas com os cumes mais elevados da serra a apresentarem um aspecto tenebroso. A partir daí resolvemos abortar o resto dos planos para o dia, planos esses que nos levariam muito mais longe. A prudência e o saber estar na montanha assim o recomendam. Flectimos então em direcção á Lamalonga onde nos refugiamos no abrigo da Teixeira, aproveitando para repor energias, na esperança que a "borrasca" passasse. No regresso, via Laje dos Bois, fizemos ainda um desvio até ao altaneiro miradouro da Sesta da Lamalonga, de onde se tem umas vistas incríveis. Mas neste dia com a violência daquela ventania... não deu muito para apreciar! Belo trilho apesar de, devido ás circunstâncias, não ter chegado para "aquecer o motor" e com companhia do melhor que se pode desejar e esperar! O Inverno está a chegar. Viva o Inverno!
Ribeiro do Penedo para jusante
Ribeiro do Penedo para montante
Um natural no seu posto de vigia, controlando a passagem...
Um dos belos e ancestrais currais que fomos cruzando
Antigo abrigo
Mais uma passagem para a outra margem. E foram várias!
A partir daqui o panorama meteorológico mudou...
Currais da Matança. E a partir deste ponto a máquina fotográfica não voltou a saír da mochila. :) |
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