domingo, 10 de dezembro de 2017




Neste dia o primeiro objectivo passava por subir todo o vale do Ribeiro do Penedo e, mais a montante, da Ribeira das Negras, a partir da Chã de Susana.
O vale é espectacular e revelou-se uma excelente porta de entrada para o Gerês profundo, o coração da serra.
O trilho vai subindo de forma gradual e suavemente, sempre junto da linha de água, saltitando por várias vezes de margem. Estas sucessivas travessias fazem com que não seja aconselhável fazer este trilho em dias de muita abundância de água.
Pelo caminho vamos cruzando antigos currais e abrigos completamente abandonados devido ao desuso.
Pouco antes da chegada aos currais da Matança começamos a ser fustigados por alguma chuva, puxada por fortíssimas rajadas de vento, chuva essa que devido ás temperaturas muito baixas que se faziam sentir rapidamente se transformou em neve. Condições climatéricas extremas com os cumes mais elevados da serra a apresentarem um aspecto tenebroso.
A partir daí resolvemos abortar o resto dos planos para o dia, planos esses que nos levariam muito mais longe. A prudência e o saber estar na montanha assim o recomendam. Flectimos então em direcção á Lamalonga onde nos refugiamos no abrigo da Teixeira, aproveitando para repor energias, na esperança que a "borrasca" passasse.
No regresso, via Laje dos Bois, fizemos ainda um desvio até ao altaneiro miradouro da Sesta da Lamalonga, de onde se tem umas vistas incríveis. Mas neste dia com a violência daquela ventania... não deu muito para apreciar!
Belo trilho apesar de, devido ás circunstâncias, não ter chegado para "aquecer o motor" e com companhia do melhor que se pode desejar e esperar!
O Inverno está a chegar. Viva o Inverno!

Ribeiro do Penedo para jusante

Ribeiro do Penedo para montante




Um natural no seu posto de vigia, controlando a passagem...


Um dos belos e ancestrais currais que fomos cruzando



Antigo abrigo


Mais uma passagem para a outra margem. E foram várias!



A partir daqui o panorama meteorológico mudou...

Currais da Matança.
E a partir deste ponto a máquina fotográfica não voltou a saír da mochila. :)

 

2 comentários:

  1. O aço tem de ser temperado. Belo percurso e bela companhia. A senda da descoberta exterior...e principalmente da interior. Belas fotos e desejo redobrado de voltar à carga. Obrigado Berto e grande abraço.

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