quarta-feira, 10 de dezembro de 2014



Extensão    -    13 Km
Grau de Dificuldade    -    Moderado
Localização    -    
Serra da Cabreira
Ponto de Partida / Chegada    -     Agra, Vieira do Minho
Altitude mínima    -    724 m.
Altitude máxima    -    1.104 m.
 
 
 
     Nos limites orientais do Minho, ali onde ele o Barroso se tocam, encontramos a Cabreira, serra plena de belos recantos e encantos, e onde "resistem" alguns dos mais belos bosques do país: os bosques da Cabreira!
     Bosques onde o simples acto de caminhar se torna numa sublime e, ao mesmo tempo, enriquecedora experiência. Chova ou faça sol, com frio ou com calor, seja em que estação for, por ali existe magia!
     A enorme variedade da flora, a paleta de cores, o cantar das aves, o correr das águas cristalinas, os musgos, os lameiros ou nascentes, os líquenes, as inúmeras linhas de água, os aromas, a humidade que se sente a toda a hora, um chão que é veludo para quem o pisa, trilhos completamente dissimulados por entre o arvoredo e a folhagem e que parecem só existir á nossa passagem, desaparecendo logo de seguida, são apenas alguns exemplos do que por lá nos é oferecido.
     Depois há toda uma magia que nos envolve e que facilmente nos transporta para outra dimensão. Uma dimensão prazenteira e minimal. Por lá não só se "reparam" os pés como também se "repara" a alma!
     Depois temos a felicidade estampada nos rostos daqueles que nos acompanham, mesmo quando por cima das nossas cabeças soam fortes trovões que descarregam enormes quantidades de água que, depois de nos acariciar o corpo, corre para engrossar o caudal das ribeiras dando origem a belíssimas cascatas. Por ali nada acontece por acaso!
     E... depois ainda temos todos aqueles segredos que por lá se escondem, meio esquecidos, e que apenas alguns guardiões conhecem ou ousam conhecer. Mas segredos… são segredos!
     Só uma coisa não é segredo para ninguém: ali voltarei sempre!
 
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

4 comentários:

  1. E nada acontece por acaso, mesmo!
    São dias mágicos numa floresta encantada, com gente doida por respirar esta forma tão simples de respirar a vida!!

    Os meus parabéns por este belo texto :)
    Um grande abraço
    Lírio

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    1. Olá amiga Lírio,

      Gente doida sim!
      Mas como dizia António Barge:
      - Loucura! Loucura controlada... sem medicamentos... sem camisas de forças!

      Grande abraço e obrigado pela visita

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  2. Olá amigo,

    - Uma frase que espelha na perfeição este teu extraordinário texto (que eu pessoalmente considero como o mais belo e perfeito texto que li até hoje acerca dos bosques encantados da Serra da Cabreira) é precisamente uma frase do eterno Torga, a qual passo a citar: (…) «O que é preciso, para os ver, é que os olhos não percam a virgindade original diante da realidade e o coração, depois, não hesite.» (…).
    - Talvez esse seja o “segredo” para ver, e acima de tudo sentir, a magia que emana desses bosques encantados. E, claro, também não nos podemos esquecer que o facto de haver por lá um guardião que não só protege, como ainda por cima partilha com as outras pessoas alguns dos segredos, também ajuda… e muito! ;)

    Um Abraço Montanheiro,
    Pedro Durães

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    1. Olá camarada Pedro,

      Obrigado pelas tuas palavras.
      Na realidade não é muito difícil sentirmo-nos inspirados quando falamos daqueles bosques.
      São lugares de uma beleza ímpar!
      E o Torga, o "eterno" como bem dizes, conseguia de uma maneira intensa e única transpor para o papel tudo o que a montanha lhe oferecia... sem hesitar!

      Grande abraço.

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