domingo, 4 de novembro de 2012

Em busca do Castro perdido: Penedo das Letras – Monte Redondo


Extensão e Duração    -    9 Km - 2:45 Horas
Grau de Dificuldade    -     Fácil
Localização    -    
Oliveira S. Pedro e Guisande – Braga
Ponto de Partida / Chegada    -     Capela de S. Bento, Oliveira S. Pedro
Participantes    -     Alberto - Joaquim - Manuel

 

     Aproveitando este fim-de-semana passado por terras de Braga propus-me a subir ao Penedo das Letras, monte dividido entre os concelhos de Braga e Famalicão, e daí seguir até ao vizinho Monte Redondo. Tinha ouvido falar da existência por lá de um antigo Castro da Idade do Ferro e a curiosidade puxava-me para lá ir dar um espreitadela.
     Saí então de S. Pedro de Oliveira, mais exactamente de junto da capela de S. Bento, tendo como companheiros de caminhada o Joaquim e o Manuel. Depois de atravessar a parte baixa da aldeia, nas margens do rio Guisande, iniciamos a subida ininterrupta e algo penosa que nos leva até ao cume, ou seja, ao Penedo das Letras.
     Este é um local muito procurado por pedestrianistas e principalmente por amantes do BTT, devido ao facto de ser um dos pontos de cota mais elevada da região. Reza a história que o rei D. Miguel I esteve nesse local e a julgar pela lápide lá existente ele visitou o local em 6 de Dezembro de 1832. Deste local, em dias de céu totalmente limpo, consegue-se avistar o oceano Atlântico. Incrível!
     Deixamos para trás o Penedo das Letras e rumamos ao Monte Redondo sempre ao longo do topo do monte. A progressão é fácil e rapidamente lá chegamos. Iniciamos então a busca do tal Castro! Ao fim de largos minutos a bater a zona, lá conseguimos vislumbrar o que resta das antigas construções. Tudo o que resta são as bases de algumas construções de forma circular, quase imperceptíveis á vista. Como podem ver pelas fotos tiradas no local, a vegetação é densa e “engoliu” por completo tudo o que por lá havia. Outro dos factores que contribuiu para a degradação do antigo castro foi a mão humana. Moradores das proximidades que se deslocavam para o local a fim de roubar pedra ou simplesmente fazê-las rolar montanha abaixo. Educar, é preciso! Culpa na matéria têm igualmente as autoridades, quer sejam locais ou nacionais, pois sendo o local classificado como monumento nacional, é inadmissível que tenha chegado a este estado. Ponham os olhos na vizinha Citânea de Briteiros e façam as vossas próprias comparações.
     Depois de uma pequena pausa lá partimos monte abaixo através do caminho florestal que nos levou até á aldeia de Guisande. Daí seguimos em direcção a Oliveira S. Pedro através do antigo caminho que desde tempos remotos liga as duas freguesias, sempre ao longo do rio Guisande e através de campos, outrora cultivados intensivamente, hoje quase todos votados ao abandono.
     E num piscar de olhos estávamos novamente no local de onde tínhamos partido para esta caminhada. Uma daquelas em que há partida não se espera grande coisa a não ser pelo prazer de caminhar mas que acabou por ser bastante interessante. Sempre em bom ritmo, 9 kms. em 2h. 45m., com paragens incluídas.
     Afinal o Castro do Monte Redondo não é um mito. Ele existe! Ou melhor, existiu!

     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
   
     

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